Mariana Kotscho
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Dia Mundial da Diabetes: pacientes são grupo de risco para doença renal

O nefrologista Henrique Carrascossi alerta para a importância em manter a diabetes controlada

Redação Publicado em 14/11/2022, às 06h00

Diabetes: dia de alerta
Diabetes: dia de alerta

​Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial da Diabetes tem como objetivo incentivar a população e os profissionais da saúde a alertarem sobre a importância da prevenção e controle da doença. Dados da última edição do Atlas da Diabetes, da International Diabetes Federation (IDF) mostram que mais de de 500 milhões de adultos – 1 em cada 10 – vivem com a doença no mundo. A pesquisa ainda aponta que a doença renal é dez vezes mais comum em pacientes diabéticos.

Segundo o nefrologista Henrique Carrascossi, essa relação ocorre pois, a longo prazo, o acúmulo de açúcar no sangue pode comprometer o funcionamento de alguns órgãos, como os rins. “São órgãos que contém milhões de pequenos aglomerados de vasos sanguíneos (glomérulos) que filtram os resíduos do sangue, portanto, a diabetes pode danificar esse sistema de filtragem, levando a alterações nas estruturas responsáveis pelo funcionamento renal.”

Quando não controlada, a diabetes pode causar lesões definitivas na filtração renal, o que pode exigir diálise ou até mesmo a necessidade de transplante. Já os sintomas da doença não costumam ser específicos e podem ser confundidos com outras enfermidades, sendo que o inchaço, falta de apetite, enjôos, fraqueza, dores no estômago e perda de sono podem aparecer somente quando o problema se encontra em estágio avançado.

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Embora nem todos os pacientes diabéticos desenvolvam a doença renal crônica, o nefrologista recomenda que formas de controle e prevenção sejam constantemente exercitadas. “Cuidados com a pressão arterial, uso correto de medicamentos, a prática de atividades físicas, o controle do peso e o não consumo de álcool e cigarros podem evitar não apenas a doença renal crônica, mas também complicações cardiovasculares e a retinopatia diabética.”

O especialista ainda alerta sobre a importância das pessoas diabéticas, tanto do tipo I quanto do tipo II, realizarem um acompanhamento médico especializado e todos os exames necessários regularmente. “É imprescindível que se realize um teste chamado microalbuminúria, que verifica a quantidade de albumina (proteína produzida no fígado) eliminada na urina. Quanto maior o volume eliminado, maiores os danos nos rins. A recomendação é que os pacientes façam este exame ao menos uma vez por ano.”