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Dia Nacional de Doação do Cordão Umbilical: entenda a importância desse ato

A pediatra e neonatologista Dra. Mariana Bertoldi Fonseca explica como as pessoas interessadas devem proceder para a doação

Redação Publicado em 08/10/2023, às 06h00

8 de outubro é o Dia Nacional de Doação do Cordão Umbilical
8 de outubro é o Dia Nacional de Doação do Cordão Umbilical

Instituído pela Lei Nº 13.309, o Dia Nacional de Doação do Cordão Umbilical tem como objetivo estimular as gestantes a doarem este material biológico depois do parto. Segundo a pediatra e neonatologista Dra. Mariana Bertoldi Fonseca, após o nascimento do bebê, a placenta e o sangue do cordão costumam ser descartados, contudo, o sangue destes tecidos é muito valioso, por ser considerado uma importante fonte de obtenção de células.

“São células jovens, imaturas e com capacidade de dar origem as células que produzem elementos como hemácias, leucócitos e plaquetas, essenciais para o transplante de medula óssea. Outro aspecto importante é que se trata de um material facilmente obtido e manipulável, além de não ser necessário um alto nível de compatibilidade com o receptor, ou seja, a possibilidade de rejeição é baixa”, diz Dra. Mariana.

A especialista explica que, assim como quaisquer outros tipos de doações, a opção de doar o sangue do cordão umbilical também precisa ser voluntária, com a paciente podendo doar o material para bancos públicos, a fim de ser utilizado por qualquer pessoa que necessite de um transplante, ou diretamente para familiares, quando o sangue é utilizado em benefício de algum parente que precisa do material.

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“O processo de doação é simples: a mãe deve manifestar sua vontade durante a internação para o parto, momento em que a equipe médica fará uma avaliação do histórico de possíveis doenças hereditárias, tanto da mãe, quanto do pai do bebê. A coleta, realizada após o nascimento, durante os primeiros cuidados, não interfere no trabalho de parto, nem na saúde da mãe ou do recém-nascido”, diz Dra. Mariana.

Ainda segundo a especialista, antes de ser encaminhado para a criopreservação (congelamento), o material doado passará por detalhados testes para possíveis doenças infecciosas. “Após esses processos, nas situações em que todos os resultados se apresentarem normais, o material já estará liberado para transplante”.