Mariana Kotscho
Busca
» CRIANÇAS

Impor limites sem perder a ternura

A pedagoga Larissa Fonseca dá dicas sobre educação e sobre como impor limites

Larissa Fonseca* Publicado em 22/02/2024, às 06h00

Impor limites é necessário, mas quando feito de forma coerente
Impor limites é necessário, mas quando feito de forma coerente

Alguns pais enfrentam dificuldades em negar algo à seus pequenos e não suportam vê-los chateados. Enquanto isso, especialistas afirmam que os pais que não impõem limites aos seus filhos não educam.

A base de uma boa educação está na formação de pessoas críticas, autônomas e com responsabilidade social.

Para isso, é fundamental conhecer e respeitar as regras de convívio em sociedade e se responsabilizar por suas ações e comportamentos.

Os pais, como primeiros e mais presentes modelos da criança, são os grandes responsáveis por desenvolver esses valores nos filhos.

A criança que não aprende a lidar com frustrações desde cedo, dificilmente saberá lidar com as situações conflituosas com as quais certamente se deparará durante a vida, seja o término de um relacionamento, não conseguir a vaga almejada, a perda de um ente querido, a espera em filas de cinema e teatro, entre outras. Além disso, a criança sem limites tende a se tornar uma pessoa de difícil convívio o que poderá acarretar inclusive problemas de relacionamento na escola, com familiares, etc.

Assim, auxiliar as crianças a lidarem com perdas, frustrações e sentimentos de modo apropriado, e assumirem as consequências de seus atos inadequados é um bem enorme que os pais passam aos seus filhos.

Veja também

Mas lembre-se, dar limites não significa desempenhar apenas funções punitivas!

A boa comunicação, afeto e paciência são grandes aliados para se obter um resultado satisfatório durante essa tarefa.

Limites coerentes e claros, respeitados por todos, são o primeiro e fundamental passo para a internalização desses valores.

Ceder aos comportamentos negativos das crianças é o mesmo que dizer a elas que não ligam para o seu bem estar. A criança que sente a preocupação dos pais com seus cuidados, se sente amada.

Sem dúvida, há um desgaste durante todo esse processo, mas se houver segurança e determinação, a situação negativa não vai perduram por muito tempo. Por isso, mesmo sabendo que uma negação poderá acarretar reclamações, queixas, ameaças ou processos, seja firme em sua decisão e posicione-se de modo coerente e honesto.

Dar limites é dar amor!

Larissa Fonseca sorrindo
Larissa Fonseca

*Larissa Fonseca é Pedagoga e NeuroPedagoga graduada pela USP, Pós Graduada em Psicopedagogia, Psicomotricidade e Educação Infantil. Autora do livro Dúvidas de Mãe.