Mariana Kotscho
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Crise de asma: mulheres tem duas vezes mais riscos de perder a vida

Pneumologista comenta sobre os dados divulgados por ONG britânica e orienta formas de prevenção de asma

Redação Publicado em 21/12/2022, às 06h00

A asma atinge mais mulheres
A asma atinge mais mulheres

Um alerta feito recentemente pela ONG britânica Asthma + Lung UK revelou que as mulheres têm o dobro de chances de morrer por uma crise de asma, quando comparada aos homens. Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, trata-se de um fato curioso, pois durante a infância os meninos costumam ser os mais atingidos. Dados da instituição destacam ainda que nos últimos cinco anos, 5.100 mortes por asma no Reino Unido foram de mulheres, contra 3.200 homens.

De acordo com as informações avaliadas, as mulheres adultas têm uma probabilidade 2,5 vezes maior de internação hospitalar por conta do problema, sendo que muitas delas sofrem com sintomas debilitantes da asma, precisando até mesmo de várias internações.

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“Especialistas ligados à pesquisa levantam a hipótese de que essa maior prevalência em mulheres adultas tenha relação com hormônios, como estrogênio e progesterona. Porém, ainda não existem dados concretos e bem estabelecidos na literatura que realmente justifiquem essa discrepância entre os sexos, o que demanda mais investigações para entender a ligação entre as crises asmáticas e o ciclo menstrual feminino”, pontua Arbex.

O médico alerta ainda que entre os principais sintomas estão a falta de ar e o chiado no peito, além de tosse e sensação de cansaço, que podem piorar durante a noite. “Determinados gatilhos, como pelos de animais, mofo, tempo seco e frio, ácaros, pelúcias, poeira e fumaça também aumentam as chances de crises e variam de pessoa para pessoa.”

​Dessa forma, o especialista recomenda que pacientes asmáticos mantenham consultas regulares com um médico de sua confiança a fim de manter a doença monitorada, regulada e corretamente medicada, evitando consequências, como a perda de função pulmonar ao longo do tempo. “Lembrando que a asma também limita o esforço físico, logo, um tratamento adequado evita o sedentarismo e todas as suas consequências.”