Infarto causa oito vezes mais mortes entre as mulheres do que o câncer de mama

O infarto costuma ser assunto de muita discussão quando o tema é a saúde do homem, porém, o cardiologista Dr. Yuri Brasil alerta que as mulheres têm se mostrado um grupo de risco cada vez mais suscetível a enfrentar o problema. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o infarto mata oito vezes mais as brasileiras do que o câncer de mama, somando 50% do total de mortes por ataque cardíaco no país.

“O risco aumentado está no fato de que as artérias femininas são 15% mais estreitas que as masculinas, além de um coração que bate até 10% mais rápido do que o dos homens, o que gera uma deterioração mais avançada. Estresse devido a duplas jornadas com trabalho e vida doméstica, hipertensão, diabetes, sedentarismo, colesterol alto e histórico familiar também são causas possíveis”, explica Dr. Yuri.

Outro motivo destacado pelo cardiologista é a divergência de sintomas em relação aos homens. “Embora a clássica dor no peito também seja relatada, muitas vezes os sinais diferenciados fazem com que o evento de uma parada cardíaca não seja identificado em tempo hábil para atendimento, o que pode resultar em óbito.”

Entre os sintomas mais comuns estão as náuseas, vômitos, dores no pescoço e nas costas, falta de ar, ardência na pele, palpitações e indigestão. O estresse gerado por determinadas rotinas também costuma acarretar uma má alimentação, falta de atividades físicas, tabagismo e até mesmo o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. “Fatores que aumentam a predisposição para o infarto”, alerta o especialista.

Veja também 

• Entenda os riscos de infarto ou problemas no coração em voos mais longos
• Estudo americano aponta que perda do cromossomo masculino pode levar a problemas do coração e morte prematura de homens
• Pesquisa aponta de que forma o coração humano se autorrepara após um ataque cardíaco

Diante desse cenário, Dr. Yuri orienta que todas as mulheres mantenham consultas regulares com um cardiologista, a fim de entender como anda o funcionamento do coração e se prevenir do surgimento de eventuais problemas. “Uma maior conscientização e compartilhamento de informações sobre os riscos cardiovasculares enfrentados pelas mulheres também é fundamental para que todas entendam quando determinada sensação pode significar a necessidade de socorro.”