Mariana Kotscho
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Dia Mundial das Zoonoses: entenda a importância dos cuidados contra doenças transmitidas por animais

A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues alerta para as principais enfermidades causadas pelas zoonoses

Redação Publicado em 06/07/2023, às 10h00 - Atualizado em 10/07/2023, às 10h00

Transmissão pode ocorrer de forma direta, principalmente através do contato com secreções ou contato físico, como arranhaduras ou mordeduras
Transmissão pode ocorrer de forma direta, principalmente através do contato com secreções ou contato físico, como arranhaduras ou mordeduras

Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial das Zoonoses, celebrado em 6 de julho, tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção de doenças em animais, não apenas pela proteção dos bichinhos, mas também por se tratar de uma medida que resguarda os seres humanos.

Segundo a infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues, a estreita interação entre os seres, bem como o aumento da atividade comercial e a mobilidade de pessoas, animais e seus produtos, tem acarretado uma propagação cada vez maior desses problemas. “As zoonoses geram impactos não apenas à saúde pública, mas também resultam em graves perdas econômicas”, diz Dra. Ana Rachel.

Dessa forma, a especialista comenta que a busca por soluções para essas situações demanda uma complexa abordagem de cooperação em nível intersetorial, ou seja, com a criação de uma estratégia que requer a contribuição, intervenção e colaboração de equipes de profissionais que atuam nas áreas de saúde humana, animal e ambiental.

“A adoção de políticas públicas de saúde é essencial para a prevenção e controle dos problemas, assim como a realização de ações que levem em consideração os vários fatores de elevação dos riscos, como mudanças climáticas, desmatamentos, incêndios florestais e também o aumento da relação entre humanos e animais selvagens”, explica a especialista.

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Transmissão e formas de prevenção

Informações do Ministério da Saúde alertam que a transmissão pode ocorrer de forma direta, principalmente através do contato com secreções (saliva, sangue, urina e fezes) ou contato físico, como arranhaduras ou mordeduras. “Pode acontecer ainda de forma indireta, por meio de vetores, como mosquitos e pulgas. O consumo de alimentos contaminados com agentes virais, bacterianos, fúngicos ou parasitários também é um risco que precisa ser levado em consideração”, diz Dra. Ana Rachel.

Já no que diz respeito as formas de prevenção, a infectologista destaca que as ações podem ser executadas de maneira temporária ou permanente, sempre a depender do contexto epidemiológico. “A vacinação animal e as estratégias de educação em saúde e sobre manejo ambiental são algumas medidas imprescindíveis e extremamente eficientes”, completa.

Entre as principais zoonoses listadas pelo Ministério da Saúde estão: Criptococose; Esporotricose Humana; Febre amarela; Hantavirose; Leishmaniose Tegumentar; Leishmaniose Visceral; Leptospirose; Malária; Raiva; Salmonelose; Toxoplasmose; e os acidentes por picadas de animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões, abelhas, entre outros