Mariana Kotscho
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4 causas da artrose, doença que afetará quase 1 bilhão de pessoas até 2050

Envelhecimento da população, obesidade e esportes de alto impacto estão entre os principais causas apontados por especialista da Zimmer Biomet

Redação* Publicado em 18/12/2023, às 06h00

A artrose é considerada uma das doenças mais indesejadas aos seres humanos e seus casos seguem crescendo globalmente
A artrose é considerada uma das doenças mais indesejadas aos seres humanos e seus casos seguem crescendo globalmente

A artrose é considerada uma das doenças mais incapacitantes aos seres humanos e seus casos seguem crescentes a nível mundial. De acordo com um estudo realizado e publicado este ano pelo Instituto para Métricas e Avaliação em Saúde (IHME), dos Estados Unidos, até 2050, quase 1 bilhão de pessoas poderão ser afetadas por essa condição degenerativa. Claudio Mello, especialista de joelho e quadril da Zimmer Biomet, aponta as quatro principais causas para o avanço dessa enfermidade, que inclusive, tem acometido também os mais jovens.

“Ao afetar articulações importantes como as do joelho, provocando um desgaste progressivo das cartilagens, a artrose causa quadros de dores crônicas, rigidez, inchaços e estalos durante os movimentos, que vão ficando cada vez mais limitados. Considerada uma doença comum entre os mais idosos, os casos crescentes estão diretamente relacionados ao aumento da longevidade da população, mas não é só isso. O aumento da obesidade, do sedentarismo e da prática de atividades físicas de alto impacto e sem a orientação adequada, tem também elevado o índice de casos entre os mais jovens”, explica o executivo.

Para tentar reverter este cenário e evitar o impacto na qualidade de vida dessas pessoas, bem como os custos aos sistemas de saúde, associados à artrose, Mello destaca a importância de se adotar hábitos de vida saudável, capazes de contribuir para a saúde das articulações e postergar ao máximo os quadros de desgaste.

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“Se temos a obesidade e o sedentarismo como algumas das principais causas dessa doença, precisamos repensar nossa alimentação para que seja a mais equilibrada possível, assim como incluir na rotina diária a prática de exercícios que fortaleçam ossos e músculos, que cumprem um excelente papel de sustentação ao corpo e evitam a sobrecarga das articulações. As atividades de alto impacto, que também têm levado aos diagnósticos de artrose, devem ser feitas com cautela, sempre direcionadas por um médico ortopedista e acompanhadas por um profissional apto a orientar cada caso”, complementa o especialista da Zimmer Biomet.

Quais são os tratamentos para a artrose?

Ainda de acordo com Mello, existem vários tratamentos que podem ser indicados pelos médicos aos pacientes que desenvolvem a artrose, como é o caso das fisioterapias, uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, além do repouso e da perda de peso. No entanto, pelo fato de ser uma doença degenerativa, não existe cura, e conforme ela avança, substituir a articulação por uma prótese ortopédica acaba sendo uma saída, principalmente quando outras formas de tratamento já não surtem efeitos.

“Algumas pessoas ainda temem esse tipo de cirurgia, chamada artroplastia de joelho, mas hoje já existem plataformas robóticas que têm auxiliado os cirurgiões para procedimentos mais precisos, personalizados e menos invasivos.  À medida que a medicina robótica avança, robôs como o ROSA® Knee System, desenvolvido pela Zimmer Biomet, começam a mudar universo das artroplastias de joelho. Centrados nos cirurgiões, esses robôs têm permitido otimizar esses tipos de procedimentos, contribuindo para que as cirurgias sejam cada vez mais customizadas, de acordo com a anatomia óssea de cada paciente”, destaca o especialista em joelho e quadril.

Aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o ROSA® Knee System é composto por uma tecnologia que integra um braço robótico a softwares avançados, que realizam o planejamento pré-operatório em 3D e fornecem dados intraoperatórios sobre tecidos moles e anatomia óssea do paciente, facilitando a exatidão do corte ósseo e a análise de amplitude de movimento no ato cirúrgico. Há quase três anos no Brasil, a solução já está presente em 20 hospitais do país.